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quarta-feira, 24 de outubro de 2012

GOIÂNIA MINHA CIDADE, MINHA VIDA


Johnathan Ferreira




Hoje a felicidade me toma e me domina. A cada ano, mais precisamente a cada 24 de Outubro, uma retrospectiva passa em minha cabeça. Afinal, a minha vida passa por esta cidade. Tenho orgulho de ser goianiense. Me sinto honrado de ter aqui as minhas raízes solidificadas. A onde quer que eu vá levo o nome e as belezas e a cultura de Goiânia, do nosso povo. Quantas maravilhas nos reservam Goiânia. Quanta beleza Goiânia nos presenteia todos os dias.

Goiânia é a cidade das oportunidades, por isso é tão acolhedora. Aqui vivem famílias de todo canto de nosso Estado. Aqui vivem pessoas de todo canto do país, inclusive milhares de estrangeiros. E todos são sempre muito bem acolhidos. Por esta mistura a nossa cidade se torna versátil para quem aqui vive. Goiânia não se limita ao sertanejo, country, rock... Goiânia se faz maior por comportar a todos os gostos e gêneros.

Devemos muito aos nossos pioneiros, homens progressistas e audaciosos. Devemos muito ao Dr. Pedro Ludovico Teixeira, interventor na criação cidade mais aconchegante do Brasil, onde a proposta de transferência da Capital já perdurava cerca de 180 anos. A sabedoria de Pedro Ludovico foi essencial para que o Estado de Goiás tomasse um novo rumo em sua história, traçasse o caminho para o desenvolvimento. E a sua própria história assim a retrata.

O nome da cidade é outra curiosidade. O Jornal O Social promoveu a votação para a escolha do nome da nova Capital e o nome "Petrônia", em homenagem a Pedro Ludovico, alcançou o maior número de votos, e Goiânia teve apenas 10 votos. Mas, em decreto, Pedro Ludovico manifestou-se pela escolha idealizada pelo Prof. Alfredo de Farias Castro, e passava a ser a nova Capital do Estado de Goiás.

Enfim, a cidade foi criada para ser hospitaleira, provedora de oportunidade, fomentadora e desenvolvimentista. Eu te agradeço Goiânia. E te felicito jovem Goiânia pelos seus 79 anos de inteira doação não somente aos goianienses, mas a todos aqueles que escolheram esta linda cidade para viver. Viva, Goiânia!

domingo, 14 de outubro de 2012

PSDB: VITÓRIAS QUE MERECEM RESPEITO!

Johnathan Ferreira
https://twitter.com/JohnathanFer



As eleições municipais de 2012 nos deixaram muitas lições. Repleta de surpresas, essas eleições demoliram inabaláveis nichos políticos. Mas, que foi bastante positiva para o PSDB goiano. A sigla foi vitoriosa em 52 municípios goianos, onde muito se deve ao incansável e trabalhador, Paulo Silva de Jesus, suplente de senador e presidente do PSDB de Goiás.

Vitórias importantes como as de Catalão, Goianésia, Trindade e Ipameri reforçam a evolução política luzente do eleitorado neste processo eleitoral. Sendo explícita a expurga da população com o amadorismo, com o arcaico e com a incompetência.

Outras importantes vitórias foram as de Aragarças, Goiatuba, Minaçú e Nerópolis. O novo prefeito de Aragarças, Aurélio Mendes, teve uma vitória expressiva. Tirando de cena uma administração distante da população, de autoritarismo e bastante apagada. A resposta foi dada, e Aurélio Mendes recebeu 64,07% dos votos. Proporcionalmente, a quarta maior do partido no Estado.

É importante ressaltar, que de forma democrática, o povo goiano definiu os novos rumos para Goiás. Rumos melhores e mais audaciosos para o nosso Estado. Rumos estes que consolidam ainda mais a credibilidade em uma forma de governar que vem dando certo. Em um Governo transformador. Onde as suas marcas são refletidas pelos índices positivos, crescimento econômico constante, obras importantes e desenvolvimentos sociais e sustentáveis, além da implementação de uma administração moderna e eficiente.

A resposta da população foi una. E o resultado das eleições mostrou que o foco é fortalecer os municípios com uma administração forte e de parcerias. No intuito de que se promova um verdadeiro crescimento regional. Com maior qualidade de vida, geração de emprego e renda e sustentabilidade.

O governador Marconi Perillo tem promovido um Governo de parcerias administrativas, de respeito e principalmente de realizações. A prova disso é que prefeituras, independentemente de cores partidárias, tem tido respaldo realizando diversas parcerias com o Governo do Estado. Tendo melhores condições para realizar uma administração mais eficiente em seus municípios.

E é isso que a população espera. Espera ver o seu dinheiro (pago em tributos) restituído em realizações e prestação de serviço público de qualidade. Presenciar administrações que realmente respeitem o erário. Acompanhar transformações socioeconômicas. Capaz de promover exitosa justiça social. Além da democratização de oportunidade, principalmente para os jovens.

Somente assim será possível retomar a credibilidade nas instituições políticas, rechaçadas por ações e omissões vexativas. A transparência no aparelho público tem sido um símbolo de avanço no quesito confiabilidade. Outra importante ferramenta é a prestação de contas mensalmente emitida a todo cidadão pelo Governo do Estado.

Esses são os fatores que alavancaram o PSDB e toda base aliada. Conquistando ainda mais a confiança dos goianos pelo trabalho e mérito empenhado por este Governo. Muito ainda está por vir. E parafraseando o nosso governador Marconi Perillo: “Vamos fazer o melhor dos três Governos e o melhor da história de Goiás. Quem viver, verá.” E viva o PSDB!


sexta-feira, 12 de outubro de 2012

BOLÍVIA: POLÍTICA E MOVIMENTOS SOCIAIS


Johnathan Ferreira


“O povo boliviano deixou de ser mendigo”. (Evo Morales)




A Bolívia enfrenta problemas sociais e econômicos coloniais. O país convive com os constantes enfrentamentos, manifestações, paralisações dos serviços públicos, greves, precariedade do transporte público. O que na maioria das vezes ocorre de forma bastante agressiva.

Outro grande problema enfrentado pelo país é a dificuldade de consenso (e até mesmo de diálogo) entre o próprio povo boliviano. Devido à imensa diversificação étnica que compõem a Bolívia. A Bolívia é um país de sentimento radicalista histórico. E esse fator sempre foi uma imensa barreira que afetou diretamente a governabilidade do país.

Apesar disso, ainda há assuntos e ações que unem (politicamente) o povo boliviano. E uma dessas grandes (e únicas) forças são os movimentos sociais. Na Bolívia os movimentos sociais atuam como braço direito da Presidência da República, e sem eles o país se torna ingovernável. E, estrategicamente, são importantes por estarem alocados entre o Governo e a população.

Mas devemos questionar se esta “dependência” do governo com os movimentos sociais são benéficas e viáveis para o país se analisado sob três pilares importantes: a estabilidade política, a democracia e o desenvolvimento social e econômico. Vale à pena refletir, já que o histórico político boliviano sempre demonstrou o oposto. E as bases políticas bolivianas (secularmente) continuam as mesmas.

A diversidade étnica é um assunto tão delicado que é responsável pelas maiores contendas da política boliviana. Tanto que se estende pelos movimentos cívico-comunitários (como são chamados os movimentos sociais na Bolívia). A FEJUVE, que é um movimento social da Província de El Alto, tem como escopo defender a classe camponesa. E seu maior objetivo é elege (democraticamente) um camponês para o governo da província. Alegavam que somente assim haverá políticas públicas que atendam os interesses dos camponeses.

Os camponeses afirmam que “o atual governo provinciano não tem cumprido com as suas promessas, não tem atendido os anseios dos movimentos sociais e nem dos camponeses. E acusam o governador de ter ligações políticas com os neoliberais”. Os camponeses não aceitam o atual governo, e caso o governo provinciano não renuncie garantem que irão para o enfretamento. E se preciso farão uma guerra civil.

Os camponeses afirmam que os governos neoliberais deram aos bolivianos o trágico título de “pobres das Américas”. E por acreditarem na força dos movimentos sociais lutam para tirar os neoliberais do poder. Mas a tragédia social e econômica boliviana seria por culpa exclusiva dos neoliberais que governaram o país, apesar de seu histórico?

O Plan 300, região dominada pelo grupo étnico ponchos vermelhos situado no Estado de Santa Cruz, foi criado (teoricamente) para tirar pessoas de zonas de risco e para oferecer uma moradia aos sem teto. Mas o seu histórico condena esta afirmativa. A população foi colocada em uma região isolada do meio urbano, sem qualquer infraestrutura e à margem da miséria. Hoje vivem na região cerca de 200 mil habitantes.

Na Província de Santa Cruz os bolivianos reclamam que “o governo não respeita as oligarquias (que é composta por empresários), que sempre tiveram no poder”. Região opositora ao Governo Morales, onde a imprensa local diariamente faz duras críticas ao governo, os ponchos vermelhos resumem Evo Morales como “um índio ignorante, sem estudos, e que além de péssimo profissional é bastante incompetente”. Dizem ainda que “Morales é um homem arrogante e rancoroso. Que espalha o seu rancor pelo povo boliviano. Os bolivianos não têm culpa do seu passado pobre, sem oportunidade, sem estrutura cultural e educacional. Não foi isso que os bolivianos elegeram para si”.

Os ponchos vermelhos temem que o Governo Morales culmine em uma guerra civil. O país enfrenta graves problemas no que tange as garantias individuais e coletivas, inclusive de cidadania. Para os bolivianos da província o país enfrenta bastante dificuldade para se estabilizar (em todos os aspectos). O que é perceptível na Bolívia é que se trata de um país em constante formação.

Na capital La Paz os bolivianos constantemente estão em enfretamento com o governo. Por se tratar do centro político do país todas as forças cívico-comunitárias, além dos diversos grupos étnicos se concentram na Capital boliviana para reivindicarem suas necessidades e também cobrarem promessas de campanha. A cidade é uma verdadeira uma bomba relógio.

Nesta breve análise percebemos que nos quatro cantos da Bolívia os movimentos sociais bolivianos não sabem definir bem o que ou qual seria a melhor política para o país. Não conseguem conviver com a diversidade étnica. O que percebemos é que os movimentos sociais querem sempre ter carta branca no governo, mas apenas para defender seus interesses étnicos. E nunca para defender os interesses do povo bolivianos de modo geral.

A perspectiva dos bolivianos é muito baixa no que se refere às questões sociais e econômicas do país. E assim se mantém pelo fato de terem ciência de que pouco está sendo feito pelo Governo Morales. E que o presidente tem feito uma administração que atende apenas aos interesses neoliberais. E ainda não conseguiu demonstrar porque veio.

O presidente Evo Morales tem se mostrado um homem ambíguo. Ora tem feito discursos de extrema esquerda. Outrora tem tomado atitudes governamentais de extrema direita. Evo Morales parece ser um curinga. Atua da forma que melhor lhe convier. O que vale é ser espalhafatoso. E nuca ser discreto. Não apenas nas vestes. Mas, principalmente, em sua política internacional. Tornou-se um ícone indígena, mas não um ícone boliviano.

Na Conferência da Unisul Evo Morales se portou como um chavista desequilibrado quando fez várias acusações contra a ALCA e contra os Estados Unidos, inclusive chamando-a de “Área de Livre Colonização das Américas”. Em outra atitude de extrema esquerda realizou um processo de estatização de inúmeras empresas estrangeiras por todo o país, como ocorreu com a empresa de gás da Petrobrás.

O mais interessante é que em seus deslizes administrativos o presidente Morales faz alegações se dizendo refém da extrema direita. E quando não consegue executar planos econômicos ou mesmo social (se é que eles existem de fato) defende-se na sombra do neoliberalismo. A incógnita Evo Morales está saindo de cena. Mas os seus fanáticos seguidores parecem que não. Acham muito pouco o mandato de cinco anos para Morales (já que na Bolívia não é permitido reeleição).

Mas o que é Evo Morales? Para quem o presidente Morales tem governado realmente? Porque em quatro anos Morales não conseguiu dar uma direção política ao seu governo? O que falta a Moraes? Menos clientelismo? Menos populismo? Isso somente os bolivianos poderão dizer.

Os líderes dos movimentos sociais têm uma adoração por Evo. Por ser o primeiro representante indígena? Por ser de província? Ou por ser o presidente mais ligado aos movimentos sociais? O que se vê na Bolívia é um triste histórico político-social. Há uma colonial disputa política. De um lado a esquerda. Do outro o neoliberalismo. Em um país onde ambos conquistaram vitórias políticas e os bolivianos sempre saíram derrotados. E quando os bolivianos são questionados de porque mesmo assim confiar no presidente Evo Morales, a resposta é uma só: “Porque não enxergamos um novo líder para o nosso país!”.



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